Mulheres ganham representatividade e já são 16% da mão de obra do agronegócio, diz pesquisa
Avanço feminino no setor foi de 13,3% em um ano, segundo pesquisa da Deloitte; sucessão ajuda a explicar rápido avanço ESPECIAL PARA O ‘ESTADÃO’ – O total de mulheres trabalhando em empresas do agronegócio cresceu 13,3% no último ano, conforme aponta a segunda edição da Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações, da Deloitte. Apesar do avanço, elas ainda são só 16,2% do contingente empregado pelo setor, conforme os resultados apresentados no 7.º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio (CNMA), nesta quinta-feira, 27, em São Paulo. O evento tem apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e o Estadão como parceiro de mídia. A sucessão foi um dos fatores que contribuíram para o aumento do número de mulheres no agro. A pesquisa mostrou que, nas fazendas, as profissionais em cargos de liderança são 34% do total – mais do que no universo geral da economia, onde o total de mulheres no topo é de 27%. “Ficamos surpresas com o aumento da representatividade, mesmo ainda sendo muito pequena”, diz Carolina Verginelli, sócia de consultoria da Deloitte. Mesmo assim, dentre todos os 21 setores pesquisados pelo Deloitte o agro é apenas o 19.º em representatividade feminina – o terceiro mais baixo, depois de indústrias extrativas e construção civil. Questionamentos O maior empecilho para a contratação de mulheres é cultural. Do total de 400 entrevistadas, 76% afirmaram que é preciso uma mudança cultural nas organizações agrícolas para que as mulheres tenham mais participação. No entanto, 41% das mulheres que já atuam no setor disseram sofrer questionamentos sobre sua capacidade no trabalho. E isso apesar de o índice de trabalhadoras com ensino superior no segmento ser de 9%, enquanto o de homens é de apenas 3%. As mulheres ainda relataram que tiveram sua capacidade física de trabalhar no setor questionada. “Isso é um absurdo, porque nenhuma mulher do agro precisa empurrar trator. Com a tecnologia, o trabalho deixou de ser braçal”, diz Angela Castro, líder do programa de diversidade e inclusão da Deloitte. Além disso, as mulheres do agronegócio ganham menos do que os homens: um valor médio de R$ 1.606 por mês, ante R$ 1.950 dos homens. Outro relato é o alto índice de demissão nos 12 meses seguintes à licença-maternidade, que chega a 35%. Para que esse cenário mude, é necessário aumentar a quantidade de mulheres em cargos de liderança no agro. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres disseram que não se sentem ouvidas nas associações de classe. “Quando elas participam, os homens não dão crédito ao que elas dizem. Isso precisa mudar”, afirma Carolina. l Fonte: terra.com.br Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Desemprego cai para 8,7% no terceiro trimestre, revela IBGE
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro foi de 8,7%, menor que a dos três meses anteriores, que havia ficado em 9,3%. A população ocupada cresceu 1% e chegou a 99 milhões e 300 mil pessoas. E as que estavam desocupadas somaram 9,5 milhões, o menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015. As informações fazem parte da PNAD Contínua, que é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. O número de empregados com carteira assinada cresceu 1,3% e chegou a 36 milhões e 300 mil pessoas no último trimestre. Os sem carteira também subiu, de 11 milhões e 700 mil para 13 milhões e 200 mil pessoas, o maior desde 2012. A pesquisa destaca, também, que os trabalhadores domésticos passaram de 5 milhões e 300 mil para quase 6 milhões no ano. No setor público, o número de empregados bateu recorde e pulou de 11 milhões e 211 mil para mais de 12 milhões no ano. E a força de trabalho, que inclui ocupados e desocupados, foi estimada em 108 milhões e 700 mil pessoas entre julho e setembro. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve aumento de 2 milhões e 300 mil pessoas, o maior desde 2012. Fonte: Agência Brasil / Edição: Jacson Segundo / Guilherme Strozi
Últimos dias para votar no Prêmio NTC Fornecedores do Transporte
Com o intuito de premiar os melhores fornecedores do transporte de cargas do ano, evento ocorrerá durante a FENATRAN em novembro O grande retorno do 23º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas – FENATRAN presencialmente está próximo e acontecerá entre os dias 7 a 11 de novembro de 2022, no pavilhão São Paulo Expo, Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km Jabaquara, São Paulo. A cerimônia do Prêmio NTC Fornecedores do Transporte, que está em sua vigésima edição, também será realizada durante as atividades da FENATRAN, e as votações para escolher e premiar os melhores fornecedores do transporte de 2022 irão até o próximo dia 31 de outubro. São mais de 16 mil transportadoras habilitadas para votar nas 21 categorias do prêmio. Com a grande expectativa para o evento, o presidente da NTC&Logística Francisco Pelucio afirma “O Prêmio NTC Fornecedores do Transporte sempre foi muito importante e por isso, se tornou tradicional, por conta da pandemia, tivemos que adiá-lo. Com a retomada da FENATRAN em 2022 de forma presencial, nada mais justo também retornarmos na vigésima edição da premiação, um momento importante de comemoração e reconhecimento, estamos com grandes expectativas”. Nesta edição, a premiação também conta com a grande parceria com a GUEP, empresa referência em soluções e inovações logísticas, “Em seus 9 anos de história, a GUEP se destacou por criar tecnologias que tornam a logística mais ágil, inovadora e segura. Temos soluções para a cadeia da gestão de risco e de inteligência de mercado, fruto de uma big data com informações reunidas de fontes públicas e privadas e que nos habilitaram a apoiar a NTC&Logística na realização do prêmio, um importante reconhecimento para a nossa empresa. Estamos muito contentes em participar da 20ª edição do Prêmio NTC, celebrando os melhores fornecedores do transporte no Brasil”, comenta Rodrigo Vecchi, CEO da GUEP. A FENATRAN 2022 trará as principais tendências e tecnologias do mercado, apresentará painéis com os principais especialistas do setor e deverá gerar mais de R?9 bilhões em oportunidades de negócios para o transporte. Os trabalhadores rodoviários de cargas podem votar através do link: https://www.portalntc.org.br/xx-premio-ntc-fornecedores-do-transporte-2022/ Fonte: NTC
CNT debate tendências do transporte em Curitiba (PR)
Organizado pela Fepasc, com o apoio da CNT, evento discutiu questões estratégicas para o futuro do transporte O presidente da CNT, Vander Costa, participou, nesta quinta-feira (27), em Curitiba (PR), do evento Tendências 2023, organizado pela Fepasc (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina), e que contou com o apoio da Confederação Nacional do Transporte e da Volvo. Na ocasião, Vander Costa abordou os desafios do setor transportador no Brasil em relação à sustentabilidade, com foco na descarbonização. “Para problemas diferentes, são necessárias soluções diferentes. Achar que a eletrificação é a única solução para o transporte aéreo é um equívoco – não é nem para o rodoviário também. Talvez a combinação do elétrico com o hidrogênio pode ser uma das soluções.” O presidente da CNT ponderou que, para reduzir as emissões de carbono, neste momento, em que o Brasil ainda não dispõe de infraestrutura para veículos elétricos, tirar de circulação todo caminhão padrão Euro 5 (norma regulamentadora criada para controlar e reduzir emissão de poluentes em veículos a diesel) “pode trazer mais benefícios do que acelerar um processo que ainda está em desenvolvimento.” Vander Costa chamou atenção para a necessidade de o Brasil desenvolver sua matriz energética, aperfeiçoar a legislação de geração de energia e externar um maior compromisso com a agenda da sustentabilidade. Por fim, ele destacou a atuação da CNT, em 2021, para manter, em 10%, a mistura do biodiesel ao diesel. O evento Tendências 2023 foi realizado na Associação Viking Volvo, próxima à fábrica da montadora, em Curitiba, e reuniu mais de 500 convidados. Fonte: Agência CNT Transporte Atual
O FUTURO DO BRASIL ESTÁ EM JOGO NO DIA 30
As Federações de Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Sul do Brasil, entidades que representam 78.000 empresas do setor, gerando 1,5 milhão de empregos, vem a público externar sua visão sobre o processo eleitoral em curso no Brasil: No momento em que a sociedade brasileira se vê diante da democrática escolha entre duas visões políticas, torna-se indispensável refletir sobre o Brasil que teremos pela frente, nos próximos anos. Temos trilhado um caminho de prosperidade e de crescente liberdade econômica. Temos buscado um alinhamento com as melhores práticas que pautam as nações mais desenvolvidas, onde a riqueza está a serviço do bem estar social. Um futuro melhor passa por uma economia pujante, regrada por reformas estruturantes, que estão em curso. Nesta direção, poderemos gerar oportunidades ao alcance de todos, e voltaremos a ter índices de pleno emprego, que foram perdidos em governos anteriores. O Transporte e a Logística, tradicionais termômetros da economia, verificam que o Brasil está emergindo da crise sanitária que abalou o mundo nos últimos dois anos. Nosso País não pode retroceder. O voto é a expressão maior da democracia. É nossa obrigação respeitar todas as visões que são trazidas para a escolha dos brasileiros. Mas também é nossa obrigação, e, sobretudo um direito, conclamar nossa Cidadania a exercer escolhas responsáveis que nos conduzam a um futuro cada vez melhor. TODOS os brasileiros almejam uma Nação próspera e desenvolvida. O BRASIL precisa continuar o projeto de crescimento que está em curso. Dia 30 de outubro vote no Brasil! Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, 20 de outubro de 2022. AFRÂNIO KIELINGPresidente da FETRANSUL DAGNOR SCHNEIDERPresidente da FETRANCESC SÉRGIO MALUCELLIPresidente da FETRANSPAR
ANTT publica resolução sobre o transporte de produtos perigosos no Mercosul
No último dia 21 de outubro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução Nº5.996, de 20 de outubro de 2022, que trata do transporte de cargas pelo Mercosul. O texto em questão é a aprovação do modelo da Ficha de Emergência para o transporte rodoviário internacional de produtos perigosos entre os países do Mercosul. De acordo com o texto, a resolução entra em vigor no próximo dia 1º de novembro, e diz que durante as operações de transporte de produtos perigosos, é obrigatório o porte da denominada Ficha de Emergência, que contém informações e instruções escritas para ajudar as autoridades de aplicação na adoção das ações necessárias em caso de acidente. Mais detalhes e as instruções de preenchimento da Ficha de Emergência para o transporte rodoviário de produtos perigosos no Mercosul podem ser visto no link https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-5.996-de-20-de-outubro-de-2022-437946431. Fonte: ANTT
Acordos impulsionam crescimento sustentável no setor de infraestrutura de transportes
Projetos em parcerias foram assinados nesta terça-feira (25), em evento sobre mudança do clima e os impactos no segmento Como forma de divulgar e incentivar práticas sustentáveis no setor de transporte, o Ministério da Infraestrutura assinou nesta terça-feira (25) dois acordos de cooperação. Um estabelece a troca de informações e elaboração conjunta de projetos com a Universidade de São Paulo (USP), enquanto o outro prevê contratação de uma consultoria técnica especializada para apoiar na construção e implantação de uma agenda que incorpora os fatores ambientais, sociais e de governança. A medida com a USP nasceu de uma parceria anterior em que servidores participaram de disciplinas ministradas na instituição de ensino. Entre as possibilidades da parceria está o intercâmbio de dados; a oferta de cursos e disciplinas; e a participação em projetos de pesquisa, formação de centros, núcleos e observatórios relacionados à instituição pública, à infraestrutura de transportes e ao desenvolvimento territorial. Já o contrato com a consultoria, por meio da Secretaria-Executiva do MInfra e a Infra S.A., ocorre em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os acordos foram celebrados durante a programação do evento Diálogos Interdisciplinares, iniciativa da Subsecretaria de Sustentabilidade do ministério, responsável por coordenar e monitorar atividades relacionadas às questões socioambientais necessárias à execução dos empreendimentos de infraestrutura das áreas de competência do ministério. “O MInfra de fato procura estar sempre alinhado às melhores práticas internacionais e esperamos que os parceiros nos enxerguem como grandes aliados nessa busca pela agenda mais sustentável”, afirmou o secretário-executivo-adjunto do MInfra, Alan Lopes. A subsecretária de Sustentabilidade da Secretaria Executiva, Larissa Amorim, acrescentou a sinergia da pasta com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). “Não há outro caminho a não ser a infraestrutura andar de mãos dadas com a sustentabilidade”, completou. Ações Outra ação anunciada durante o evento desta terça-feira (25) foi a aprovação da Agenda de Sustentabilidade do MInfra 2023-2026, que está integrada ao planejamento estratégico da pasta, renovada a cada quatro anos, e corresponderá a principal referência para as ações do MInfra e de suas entidades vinculadas na gestão socioambiental, climática e territorial. Foram apresentadas, ainda, a publicação de uma ferramenta de consulta e pesquisa que tem como objetivo principal apresentar todas as iniciativas e projetos relacionados à temática de sustentabilidade que foram lançadas ou que estão em desenvolvimento. Outra iniciativa criada para orientar o acesso às diferentes verbas públicas federais existentes para pesquisa, desenvolvimento e inovação no âmbito do MInfra é o manual Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação: Sustentabilidade e Mudança do Clima na Infraestrutura de Transportes, um relatório de recomendações, em virtude do diagnóstico de oportunidades de promoção de ajustes e melhorias as formas de acesso e aplicação de verbas. Assessoria Especial de ComunicaçãoMinistério da Infraestrutura
ANTT realiza seminário sobre tecnologias aplicáveis à infraestrutura
O evento tem como objetivo buscar as melhores práticas aplicadas nos eixos referentes à infraestrutura, operação, monitoramento e veículos Nos dias 8, 9 e 10 de novembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai realizar o 1º Seminário de Tecnologia da ANTT, no auditório do edifício-sede da ANTT, em Brasília (DF), das 8h30 às 18h. O evento será transmitido pelo Canal da ANTT do Youtube. O seminário tem como propósito aperfeiçoar o conhecimento técnico e apresentar informações atualizadas nos modos rodoviário, ferroviário, passageiros e cargas, com foco nas tecnologias voltadas para melhoria da infraestrutura e dos serviços de transportes regulados pela ANTT. A busca das melhores práticas aplicadas nos eixos referentes à infraestrutura, operação, monitoramento e veículos. O intuito é adentrar na gestão da informação, veículos elétricos, regulação e inovações, tendo em vista o aumento da segurança e a fluidez dos transportes. Sendo possível otimizar os custos para usuários e concessionarias, integrando a logística de transportes. A Agência vem se adaptando as inovações do setor com o Centro Nacional de Supervisão Operacional (CNSO), que é um ambiente físico e tecnológico capaz de trabalhar informações estratégicas que auxiliem na supervisão e fiscalização dos serviços prestados no âmbito do transporte terrestre. Não haverá inscrição prévia ao evento. Para obtenção de certificado, o participante deverá ter, no mínimo, 75% de frequência no total de horas do seminário, com assinatura a cada comparecimento. SERVIÇO – 1º Seminário de Tecnologia da ANTT Dias: 8, 9 e 10 de novembro Horário: das 8h30 às 18h Carga horária do evento: 14 h/a Local: Auditório do edifício-sede da ANTT, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES, trecho 03, lote 10, Projeto Orla Polo 8 – Brasília – DF Confira a programação anexa abaixo. Fonte: ANTT
Caminhões de grande porte mantêm domínio do mercado brasileiro
Modelos pesados e semipesados detêm 76,5% das vendas, puxados por agronegócio, comércio, mineração e construção civil A venda de caminhões fechará 2022 com cerca de 130 mil unidades, um bom resultado como em 2021. E, como em outros anos, os modelos do segmento pesado, com peso bruto total combinado (PBTC) igual ou maior do que 40 toneladas, continuam dominando o mercado local, com 50% dos licenciamentos no acumulado até setembro. Assim, os caminhões maiores e mais caros, por volta de R$ 1 milhão, são também os mais vendidos. E os semipesados (com PBTC abaixo de 40 toneladas) vêm em seguida, com 26,5% de participação, de acordo com os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Esses caminhões costumam fazer trechos de longa distância, como os do interior do País para os portos. Quem transporta busca eficiência. E o valor do veículo se dilui pela maior capacidade da carga transportada”, afirma Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea. De acordo com executivo, o agronegócio gera maior demanda por caminhões de grande porte. Mas mineração e produtos industrializados que circulam entre os grandes centros de distribuição também demandam modelos pesados. “São itens importados ou produtos da linha branca [como geladeiras, lavadoras e fogões]. Quem investe em caminhões desse tipo pensa na eficiência de um único veículo capaz de realizar o trabalho de vários. Essa é a maneira de tornar o transporte mais barato, pela combinação de alta capacidade em peso e volume.” Veículos de apoio Felipe Alva, supervisor de marketing do produto da Volkswagen Caminhões e Ônibus, detalha o sucesso dos caminhões semipesados na montadora. “Além de fazerem uma segunda onda de distribuição dos portos para as indústrias, também são utilizados como veículos de apoio em usinas, mineradoras ou mesmo distribuição de materiais intermunicipais. Ainda dentro dessa categoria, temos os vocacionais, que fazem operações na construção civil [betoneira ou caçamba para movimentação de terra], coleta de resíduos e tanques, entre outros.” Ricardo Barion, diretor comercial da Iveco, afirma que os semipesados da marca são bastante requisitados “para o transporte de cargas do campo para as cidades, principalmente para os ‘ceasas’ [centros de abastecimento], além das operações de apoio, como veículos-tanque [água, combustível] ou transporte de equipamentos”. Alan Holzmann, diretor de estratégia de produto da Volvo, recorda que a tradição dos grandes caminhões no País vem desde os FNMs, que surgiram na metade do século passado. “Também houve um crescimento do agronegócio nos anos 1970, e o vetor desse desenvolvimento foi a aplicação rodoviária, já que as ferrovias não foram adiante.” Holzmann confirma a necessidade de ganho de eficiência por tonelada transportada. “Essa matriz rodoviária demanda, cada vez mais, caminhões pesados. E, nas aplicações fora de estrada [como transporte de cana-de-açúcar, mineração e construção civil], também, há essa busca por causa eficiência.” Pertence à Volvo o caminhão pesado mais vendido no País, o FH 540, com 14 mil unidades, de janeiro a setembro. Clientes em diferentes áreas O executivo da Volvo afirma que as transportadoras estão muito profissionalizadas e têm grande foco na produtividade, seja para o transporte de grãos, seja para logística geral. “A aquisição desses caminhões é muito baseada no TCO”, diz, referindo-se à sigla, em inglês, para custo total de propriedade do veículo. Para Bonini, da Anfavea, há mineradoras, fazendeiros e também caminhoneiros autônomos comprando veículos novos de grande porte. “Muitos desses motoristas se especializam em algumas rotas e precisam de um caminhão com boa capacidade de carga.” Vale dizer que a demanda do agronegócio vai além de soja, milho ou cana. Inclui também transporte de madeira e de proteína animal, sobretudo pelos frigoríficos, que, da mesma forma, envolve longos trajetos do produtor aos grandes centros ou portos com destino ao exterior. Outros mercados da região De acordo com Ricardo Barion, o mercado latino, para a Iveco, é semelhante ao do Brasil. Para Alan Holzmann, da Volvo, a demanda predominante na Argentina é por modelos menos potentes do que no Brasil. “Já o mercado chileno requer produtos mais sofisticados.” Para Felipe Alva, da Volkswagen, os números da América Latina apontam leve tendência de crescimento para os modelos de grande porte, mas reforça que a concentração no mercado de pesados é um fenômeno muito forte no Brasil por causa da extensão territorial. Comércio eletrônico e veículos menores De acordo com os números da Anfavea, os caminhões semileves (para 3,5 a 6 toneladas), leves (de 6 a 10 toneladas) e médios (de 10 a 15 toneladas) também apresentam desempenho de mercado semelhante ao anotado de janeiro a setembro de 2021. “O comércio eletrônico puxa as vendas em todos os segmentos. Hoje, é comum a entrega no mesmo dia de um pedido feito pela internet, e isso só é possível com modelos capazes de circular sem restrições”, conclui Gustavo Bonini. Fonte: Estadão / Fotos: Divulgação Volvo
Movimento Vez & Voz participa do 1º Fórum de Mulheres da Fenatran 2022
Em novembro, acontecerá a 23ª edição da Fenatran, uma das mais importantes feiras de transporte e logística do mundo, que será realizada no São Paulo Expo. A feira contará, no dia 11 a partir das 14h, com o 1º Fórum de Mulheres no Transporte e Logística, formado por diversos projetos do TRC voltados para a inclusão de mulheres, que originou o “Com Elas Na Fenatran”. O “Movimento Vez & Voz”, uma iniciativa do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), elaborou junto ao fórum conteúdos e experiências que propagam um ambiente mais representativo e inclusivo para o público feminino. Além do bate-papo, o estande do movimento estará localizado na rua K-44, junto à apoiadora NTC&Logística. Para Ana Jarrouge, presidente executiva do SETCESP e idealizadora do movimento, o 1º Fórum de Mulheres no setor é uma grande oportunidade. “Isso não somente para a comunidade do setor de transporte rodoviário de cargas, mas também para a sociedade como um todo”, afirma. Temos expectativa de um grande movimento de pessoas para acompanhar essa importante ação que, com certeza, refletirá em muitos lugares”, completa. No encontro, ainda serão abordados os desafios ligados à jornada das mulheres, como por exemplo: desigualdade em posições executivas e de conselho, preconceitos, falta de estrutura nas rodovias e pontos de paradas, rede de apoio, entre vários outros. “Dar luz à inclusão feminina deve ser algo mais do que natural nas empresas e proporcionar o primeiro fórum reflete isso. O valor que esse conjunto de painéis leva é a marca de como podemos e vamos evoluir”, afirma Ana Paula Pinto, gerente da Fenatran. O movimento “A Voz Delas”, da Mercedes-Benz e o “Rota Feminina”, impulsionado por diversas empresas do ecossistema de transporte e logística, também estarão presentes. Faça o credenciamento gratuito: https://www.fenatran.com.br/pt-br/credenciamento.html. Fonte: Portal Radar