Estudo inédito da CNT aponta que BNDES se consolidou como principal financiador de projetos de infraestrutura de transportes e das empresas do setor no Brasil
A análise faz parte do novo volume da Série Especial de Economia – Investimento em Transporte, lançado pela CNT, nesta quinta-feira (6) Nos últimos vinte anos, os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) direcionados a infraestrutura de transportes somaram R$ 705,02 bilhões. O montante corresponde a 19,3% do total de recursos aplicados pelo Banco de 2004 a 2023. O valor é expressivo, representa 208,7% (mais que o dobro) do total pago pela União em investimento em transporte no mesmo período (R$ 339,42 bilhões). As informações fazem parte do novo volume da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte. A publicação com o título “BNDES: Financiamentos à infraestrutura e às empresas de transporte nos últimos 20 anos”, lançada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), nesta quinta-feira (6), analisa o papel do BNDES para o financiamento da infraestrutura de transportes e às empresas do setor para a formação do seu estoque de ativos no período de 2004 a 2023. Os R$ 705,02 bilhões liberados pelo Banco para investimentos na infraestrutura de transportes nessas duas décadas foram aplicados da seguinte forma: 60,0% no modo de transporte rodoviário (R$ 423,42 bilhões); 8,4% para o transporte ferroviário (R$ 58,94 bilhões); e 16,9% para outros transportes (R$ 118,88 bilhões). O percentual para as atividades auxiliares ao transporte foi de 14,7%, que representa R$ 103,77 bilhões. Nesse intervalo de tempo, o direcionamento médio de recursos do Banco como um todo em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) é de 2,2% ao ano, com um patamar máximo de 4,3% do PIB atingido em 2010. O transporte representa uma parcela considerável desse percentual. Na média do período considerado, os investimentos para financiamentos em infraestrutura do setor também foram expressivos: 0,4% do PIB. O estudo mostra que o BNDES tem papel imprescindível para viabilizar a ampliação da oferta e a melhoria da infraestrutura de transportes e de mobilidade urbana, o que é determinante para a redução de custos logísticos e ampliação da competitividade da economia brasileira. Nesse sentido, a CNT defende o fortalecimento da atuação do principal banco de desenvolvimento do país, seja por meio da concessão de financiamentos diretos ou do seu papel mais recente na estruturação de projetos para concessão à iniciativa privada e como garantidor de operações de crédito. A gerente executiva de economia da CNT, Fernanda Schwantes, ressalta que no Brasil a participação do crédito no PIB é historicamente baixa, em torno de 55,6% nos últimos 20 anos, o que tem impactos sobre a taxa de investimentos da economia. “Mesmo em países que já contam com uma oferta de infraestrutura mais consolidada, o maior nível de poupança e as características do mercado de crédito viabilizam uma taxa de investimento significativamente superior à do Brasil, que não passa de 18% do PIB. A média dos países da OCDE nos últimos dez anos esteve próxima de 22,0%. Em 2022, a China apresentou uma taxa de investimento em capital de 43,3% do PIB e os Estados Unidos, de 22,1%”, ressalta. CRÉDITO ÀS EMPRESAS O BNDES também possui papel diferenciado no fornecimento de crédito para empresas de transporte. Os desembolsos, neste caso, são para investimentos em bens de capital para viabilização da prestação do serviço e expansão da produção. Nesse quesito, destaca-se o Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos (Finame), produto que representou, em média, 29,6% do total dos desembolsos do Banco nos últimos 20 anos, abrangendo todos os setores da economia. De 2004 a 2023, o total de desembolsos do BNDES Finame direcionados à compra de veículos e equipamentos de transporte foi de R$ 492,67 bilhões. Entre os tipos de veículos, o financiamento a caminhões representou 83,3% dos créditos concedidos nos últimos 20 anos (R$ 410,43 bilhões), seguido pelos financiamentos a ônibus (11,3%), locomotivas e vagões (3,4%). MOBILIDADE URBANA O BNDES também possui um papel importante como financiador da mobilidade urbana, tanto na parte de infraestrutura quanto para investimento em veículos, equipamento e estudos, entre outros aspectos. A principal linha para essa finalidade é o BNDES Finem (Financiamento a Empreendimentos). O volume de recursos para essa finalidade se destaca nos anos de 2014 a 2016, desempenho ocorrido em função dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de Futebol. Para os últimos dez anos, o montante perfaz o valor de R$ 31,56 bilhões. Em 2022 e 2023, o direcionamento à mobilidade urbana foi da ordem de R$ 7,64 bilhões. Os estados do Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo concentraram esses recursos, especialmente em sistema sob trilhos (BRTs) e ônibus. Série Especial de Economia – Investimento em Transporte Por Agência CNT Transporte Atual
Três parceiros institucionais anunciam apoio ao 8º Fórum CNT Debates
Consetram, NTU e ANPTrilhos chegam para fortalecer as discussões sobre mobilidade urbana sustentável no país O 8º Fórum CNT de Debates – Mobilidade Urbana Sustentável acaba de receber o apoio institucional de três grandes parceiros do setor transportador. A equipe de organização anunciou a chegada do Consetram (Conselho Nacional de Secretários de Transportes), da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) e da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos). Os apoiadores vão contribuir com a divulgação dos materiais em seus canais de comunicação, como site, grupos de WhatsApp e redes sociais. Além disso, também terão participação ativa nos debates relativos à cada área de atuação. O presidente do Consetram, Fábio Damasceno, participará do Painel 1 – Desafios para a implementação de uma mobilidade urbana sustentável. Já o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, e o diretor da NTU, Marcos Bicalho, devem contribuir para as discussões no Painel 2 – Novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo. O diretor de Relações Institucionais da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Valter Souza, celebrou a chegada dos apoiadores institucionais da 8ª edição do Fórum CNT de Debates. “No ano em que celebramos o aniversário de 70 anos da CNT e no qual teremos as eleições municipais, a pauta da mobilidade urbana ganha ainda mais força com a chegada dos parceiros. É a demonstração de que essa é uma discussão fundamental para todo o setor transportador brasileiro”, analisa Valter Souza. Participe online ou presencial: garanta agora a sua inscrição no 8º Fórum CNT de Debates Quer ser patrocinador do 8º Fórum CNT de Debates? A CNT segue em busca de patrocinadores e apoiadores do evento, com intuito de fomentar o debate também para outros players. “Você estará a um passo das autoridades com poder decisório e dos empresários mais influentes do transporte. É uma oportunidade ótima para ter a marca exposta a um público altamente qualificado”, conclui Valter. Os interessados em se juntar à ANPTrilhos, NTU e Consetram podem entrar em contato com a Coordenação de Novos Negócios da CNT. Basta clicar neste link para conversar por WhatsApp ou solicitar mais informações pelo e-mail comercial@cnt.org.br. Leia também: O que significa “Mobilidade Urbana Sustentável”, tema do 8º Fórum CNT de Debates? Por Agência CNT Transporte Atual
Setor produtivo repudia Medida Provisória 1.227/24
Depois de consultarem federações, sindicatos, empresas, entidades, cooperados, toda sua base, as Confederações signatárias repudiam a MP 1.227/2024 e pedem a sua devolução/rejeição pelo Congresso Nacional. O objetivo da medida é arrecadar mais tributos dos contribuintes brasileiros. Não há por parte do governo uma preocupação mínima em adotar medidas que reduzam as despesas. A consequência é a diminuição da competitividade dos produtos brasileiros, além de ameaçar a saúde financeira das empresas, os empregos, os investimentos, aumentar a insegurança jurídica e causar reflexos prejudiciais na inflação do país. Os setores da economia nacional aqui representados foram duramente atingidos por mais uma medida que revela a falta de diálogo por parte do governo com aqueles que produzem e geram emprego no país. Por Agência CNT Transporte Atual
Prêmio CNT de Jornalismo 2024 está com as inscrições abertas
Podem ser inscritos conteúdos jornalísticos relacionados a transporte e logística publicados entre 8 de agosto de 2023 e 5 de agosto de 2024 A maior e mais longeva premiação jornalística do Brasil, o Prêmio CNT de Jornalismo 2024, está com inscrições abertas. Com o tema “O Futuro em Pauta”, a 31ª edição do Prêmio volta o seu olhar a práticas sustentáveis que contribuem para um futuro mais promissor destinado às próximas gerações. Podem ser inscritos, até as 18h do próximo dia 5 de agosto, conteúdos jornalísticos com pautas relacionadas ao setor de transporte e logística que tenham sido publicados no período de 8 de agosto de 2023 a 5 de agosto de 2024. As matérias devem se enquadrar em uma das sete categorias: Áudio (para matérias de rádio e podcasts); Fotojornalismo, Impresso, Internet, Meio Ambiente e Transporte e Vídeo (para reportagens e documentários veiculados na TV e em plataformas de streaming); e Comunicação Setorial (para trabalhos jornalísticos das entidades representativas do setor de transporte – federações, sindicatos e associações). Os melhores trabalhos concorrerão ao Grande Prêmio (R$ 60 mil) e às premiações por categoria (R$ 35 mil cada). A triagem dos trabalhos validados é realizada por um grupo de jornalistas com experiência acadêmica, que definem os finalistas da edição. Em seguida, os vencedores são selecionados por uma comissão composta por quatro jornalistas renomados da imprensa nacional e um especialista em transporte. As avaliações serão baseadas em cinco critérios: impacto no setor de transporte e para os transportadores; excelência editorial; importância social; criatividade e originalidade; e pertinência atual. Os resultados serão divulgados em novembro. Acesse o regulamento e saiba mais. Por Agência CNT Transporte Atual
Programa de manutenção de emprego e renda aos trabalhadores das empresas atingidas pela enchente.
Foi publicada dia 07 de junho a Medida Provisória nº. 1230/2024 que Institui Apoio Financeiro com o objetivo de enfrentar a calamidade pública e as suas consequências sociais e econômicas decorrentes de eventos climáticos no Estado do Rio Grande do Sul. O Apoio Financeiro consiste no pagamento de duas parcelas no valor de R$ 1.412,00 (mil quatrocentos e doze reais) cada, nos meses de julho e agosto do ano de 2024 e terá natureza de auxílio à empresa que atender ao disposto nesta Medida Provisória e será pago diretamente ao empregado Estão incluídos no programa segmentos de trabalhadores em regime CLT, domésticos, estagiários e pescadores artesanais, num total de 434.253 beneficiários. As empresas que aderirem ao progrtama deverão manter os empregos por mais dois meses aos seus empregados, totalizando uma estabilidade de quatro meses. Localização dos estabelecimentos, declaração de redução de faturamento e regular inscrição do trabalhador formal no eSocial até 31 de maio, são alguns dos diversos requisitos de elegibilidade para adesão ao apoio financeiro. Também está previsto na Medida Provisória que ficam prorrogados por cento e vinte dias, as convenções e os acordos coletivos de trabalho firmados nos Municípios do Rio Grande do Sul com estado de calamidade pública ou situação de emergência devidamente reconhecidos. A operacionalização do Apoio Financeiro ficará sob a responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego e o pagamento será efetuado pela Caixa Econômica Federal. As entidades representativas dos empregados e empregadores estiveram reunidas com o Ministro do Trabalho em reunião proposta pela SRTE/RS para análise dos termos da medida publicada e manifestações pertinentes ao texto da Portaria regulamentadora da MP e próximas ações do Governo. A FETRANSUL esteve presente na reunião e teve a oportunidade de ressaltar o trabalho desenvolvido pelos transportadores, a grande quantidade de empresas atingidas, além da relevância do julgamento do Embargos Declaratórios da ADI 5322 para eficácia das negociações coletivas. Link MP 1230/2024: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Mpv/mpv1230.htm
CIRCULAR
O SETCERGS, através da Comissão das Relações de Trabalho e Assessoria Jurídica, realiza anualmente rodadas de negociações com as entidades profissionais de sua base territorial, que representam os empregados das empresas de transporte rodoviário de cargas, com o objetivo de negociar entre as partes as relações capital/trabalho. O resultado dessas negociações é a elaboração de um instrumento onde são pactuadas cláusulas de natureza econômicas, sociais e assistenciais, previamente deliberadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias das categorias profissionais e econômicas. Confira a documentação relativa às seguintes Convenções Coletivas de Trabalho para o período 2024/ 2025, fechadas até o momento. – CCT SINECARGA;– CCT São Leopoldo;– CCT Guaíba, Carga Seca;– CCT Santo Ângelo;– CCT Passo Fundo. Associado: Basta acessar com seu login/senha e clique na aba à esquerda – “Documentos Associados” clique aqui Não associado: clique aqui Fonte: SETCERGS
Sistema Transporte viabiliza envio de alimentos para rebanhos do RS
Iniciativa, em parceria com o Sistema CNA/Senar e direcionada a propriedades rurais, busca contribuir para que o setor produtivo gaúcho retome as suas atividades O Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL) continua a empreender esforços para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Desta vez, como uma forma de contribuir para que o setor produtivo gaúcho não pare, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) viabilizou o frete das carretas que vão transportar feno para alimentar os animais de propriedades rurais atingidas pelas enchentes que assolaram o estado. “Com a iniciativa realizada em parceria com o Sistema CNA/Senar, nós viabilizamos a logística a fim de contribuir para que a economia do estado recupere a sua produtividade e a população gaúcha retome as suas vidas”, afirmou o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa. Os primeiros lotes do produto foram enviados nesta terça-feira (4). No total, serão encaminhadas 3.250 bolas de feno, equivalentes a 1,4 mil toneladas. De Chapecó (SC), elas serão transportadas em várias carretas, que devem chegar ao Parque Centenário Rui Ortiz, localizado em Soledade (RS), a partir dessa quarta-feira (5). De lá, o alimento será distribuído para as regiões afetadas. Atuação solidária Além dessa iniciativa, o Sistema Transporte tem atuado em outras frentes. Na última semana, por exemplo, uma comitiva liderada pelo diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza, e pela diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, realizou visitas técnicas no estado. O objetivo foi prestar apoio aos transportadores e aos colaboradores do SEST SENAT da região. No encontro com empresários do setor, eles ouviram as principais necessidades neste momento, dentre as quais se destacam: investimento em infraestrutura, iniciativas de isenção fiscal emergencial e temporária para os atingidos, fortalecimento de seguros de transporte e criação de um fundo emergencial para desastres naturais. Com os profissionais do SEST SENAT de Pelotas (RS), os diretores realizaram uma roda de conversa, com foco naqueles que têm atuado na linha de frente de socorro e acolhimento às vítimas das enchentes. Desde o início da tragédia, a unidade operacional de Pelotas (RS) tem funcionado como um centro logístico de distribuição de doações; e a de Rio Grande (RS), como abrigo para mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade. Além da atuação das unidades do Rio Grande do Sul, as mais de 160 unidades do SEST SENAT distribuídas por todo o país também se transformaram em pontos de coleta de doação. Em articulação com dezenas de transportadoras, elas atuam para possibilitar a chegada dos donativos a várias regiões do estado. Atendimento psicológico O SEST SENAT também colocou à disposição das pessoas afetadas pelas inundações atendimento psicológico gratuito. Os profissionais responsáveis pertencem ao quadro nacional da Entidade e realizam o atendimento por videochamada ou presencialmente, nas unidades operacionais em funcionamento no estado. As consultas podem ser agendadas por contato telefônico: (54) 3217-3444 Pesquisa de impacto Outra iniciativa em curso é a Pesquisa de Impacto no Transporte – Enchentes no Rio Grande do Sul. Realizado pela CNT, o estudo visa obter subsídios das empresas afetadas a fim de contribuir para a construção de medidas que viabilizem a recuperação das empresas de transporte e da economia gaúcha. Assim que os resultados da pesquisa forem divulgados, será disponibilizado um relatório com as propostas da Entidade para a implantação de políticas públicas que atendam às necessidades das empresas de transporte. Os resultados serão divulgados neste mês de junho. Por Agência CNT Transporte Atual
Presidente do Sistema Transporte destaca desafios do setor para contribuir para a transição energética no Brasil
Vander Costa participou do CNN Talks e destacou necessidade de investimentos federais na adoção de medidas viáveis para o setor de transporte urbano e de cargas Durante o evento “CNN Talks – Próximos Passos para a Transição e Transformação Energética no Brasil”, realizado na noite dessa segunda-feira (3), em São Paulo, o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, falou sobre os principais desafios enfrentados pelo setor transportador na efetivação da transição energética no Brasil. O presidente do Sistema Transporte fez parte do painel “Do fóssil ao renovável: Desafios e oportunidades dos biocombustíveis”. Na ocasião, foram apresentados alguns dados sobre a necessidade de reduzir a poluição. Vander Costa ressaltou que já existem no Brasil diversas iniciativas sustentáveis em andamento, como a implementação do combustível sustentável de aviação, o uso de carros elétricos, além de estudos que envolvem a transição de veículos com motor ciclo diesel para biocombustíveis. Segundo o presidente, porém, é necessário pensar na viabilidade das medidas. “Com relação ao biodiesel, a CNT defende que haja um estudo científico técnico e apurado. Nós contratamos estudos junto a universidades que mostram que, em determinados veículos, aqueles que predominam no Brasil, a transição pode aumentar a emissão de poluentes, em vez de diminuir”, destacou. Com base nisso e buscando soluções viáveis, o presidente Vander explicou que uma opção seria o diesel verde, que tem a mesma origem do biodiesel, mas com a tecnologia mais avançada e pode ser utilizado em todos os caminhões que rodam no país. Múltiplas soluções Além da adoção do biodiesel, o presidente do Sistema Transporte enfatizou que pode haver múltiplas soluções, não só pelo tipo de transporte, mas também pela especificidade da região. Mas ressaltou a necessidade de ações do Governo para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na área. “Uma opção, por exemplo, seria aumentar a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico) do combustível e subsidiar um outro tipo de desenvolvimento e tecnologia. A gente está enxergando que o Brasil tem oportunidade de acelerar a descarbonização, mas é necessário que haja mais efetividade”, alertou. De acordo com ele, outra forma de reduzir a emissão de poluentes é a renovação da frota. “Um veículo de 20 anos polui mais de 10 vezes que um veículo novo. Então, falo de renovar a frota no sentido de tirar o veículo poluente, levar ele para uma reciclagem integralmente e colocar um veículo novo menos poluente como uma alternativa”, enfatizou. Outras opções sustentáveis Outra opção apresentada pelo presidente do Sistema Transportes foi a eletrificação dos veículos. Ele apontou que essa pode ser uma solução para o transporte urbano, tanto de cargas quanto de passageiros, mas que ainda necessita de investimentos muito altos. “Já temos veículos rodando no Brasil a eletricidade. O Brasil é um país que gera energia elétrica limpa. Então, para o urbano e pequenas distâncias, pode ser uma solução viável. O problema é o investimento, que ainda é muito caro, mas a indústria pode reduzir o preço se aumentar a quantidade de veículos vendidos”, sugeriu. Para o transporte de cargas, Vander Costa destacou o gás como uma solução viável. “Já estão sendo produzidos caminhões no Brasil com capacidade de rodar até 1.200 km com um único abastecimento. O gás tem a vantagem de que podemos usar as redes de abastecimento nos postos que já temos nas rodovias”, explicou. Investimentos Sobre a necessidade de investimentos apontada pelo presidente do Sistema Transporte, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira, que também participou do evento, destacou quais medidas o governo federal está tomando para viabilizar a transição energética. Com relação ao setor de transporte, apontou que o governo tem buscado a descarbonização da mobilidade. “Investimos muito e temos um potencial tremendo não só nacional, mas também internacional. Foi muito importante a aliança global pelos Biocombustíveis assinada com os Estados Unidos e com a Índia. Afinal, os biocombustíveis são para o Brasil o que o petróleo é para a Arábia Saudita”, salientou. O ministro disse, ainda, que o tema será destaque em reuniões com outros países, como o G20 e a COP do ano que vem. “O carbono não tem fronteiras. Ou seja, a transição energética efetiva do ponto de vista da sustentabilidade só vai se dar de forma sólida e efetiva quando os países, em especial os industrializados, entenderem a importância desse tema”, enfatizou. CNN TALKS O CNN Talks contou com três painéis de discussão e debate, que reuniram os principais agentes e players envolvidos diretamente no setor. Além de Vander Costa e do ministro Alexandre Silveira, também participaram o governador do Pará, Helder Barbalho; o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia; entre outros nomes. Apesar de ter sido transmitido em tempo real, é possível rever a íntegra do CNN Talks. Assista aqui! Por Agência CNT Transporte Atual
Entidades empresariais clamam por providências imediatas para salvar empresas e empregos
Entidades empresariais, articuladas pela Federasul, estiveram reunidas com deputados federais e estaduais na tarde ontem, dia 03, no plenarinho da Assembleia Legislativa. O objetivo do encontro foi clamar por urgência para que empresas e empregos sejam salvos ainda esta semana, visto que se aproxima o quinto dia útil do mês, quando devem ser pagos os salários de maio. “Precisamos soluções urgentes, com financiamento concedido em curto prazo” sustentou Rodrigo Costa, presidente da Federasul. O deputado federal Dionilso Marcon, coordenador da bancada federal gaúcha, defendeu a necessidade de uma remobilização da economia gaúcha, enquanto o deputado Alceu Moreira sugere que sejam concedidos recursos a fundo perdido, assim como o embargo de tributos por prazo suficiente para reerguer o estado. Os deputados relataram ter conhecimento que ainda esta semana o governador Eduardo Leite se reunirá com o ministro do Trabalho, Luis Marinho, quando a questão dos empregos deverá ser pauta. Em síntese, os deputados defendem a reedição de medidas como as adotadas durante a pandemia, tais como o layoff, que na ocasião levou o governo federal a assumir a folha de pagamento das empresas por três meses. Em contexto semelhante, as empresas também pleiteiam o financiamento da folha de pagamento de maio. Prorrogação do pagamento de impostos federais também foi tema de consenso. Francisco Cardoso, presidente da Fetransul, presente na reunião, defendeu que as empresas que tributam pelo lucro real possam compensar os prejuízos na apuração de seus resultados. Cardoso também reforçou a necessidade de se contar com o Refin e a reedição das medidas do período da Covid: “salvando empresas, salvamos empregos”, sustentou ele. Foi consenso entre os deputados federais de que a urgência das medidas solicitadas só pode ser viabilizada por meio de medida provisória a ser editada pelo executivo federal. Ao final do encontro Rodrigo Costa destacou a convergência de entidades empresariais e da representação política do RS, acima de visões ideológicas ou político-partidárias, como condição para a retomada das atividades econômicas do comércio, indústria, serviços e agricultura do RS.
CNT compartilha conhecimento sobre transição energética com empresas transportadoras
O encontro virtual reuniu, na semana passada, participantes da Missão Internacional do Transporte, realizada na Suécia A CNT (Confederação Nacional do Transporte) coordenou, na semana passada, a primeira rodada de reuniões do grupo de trabalho sobre transição energética no transporte com representantes de empresas que participaram da última Missão Internacional promovida pelo Sistema Transporte, na Suécia, neste ano. O GT tem por objetivo discutir, de forma conjunta com grandes empresas do Transporte Rodoviário, as alternativas para a realização da transição energética no setor de transporte brasileiro, visando compartilhamento de experiências e dados e a elaboração de uma prospecção dos melhores cenários econômico e ambiental para a efetiva transição em âmbito nacional. Pela CNT, participaram da reunião o diretor executivo, Bruno Batista, a diretora executiva adjunta, Fernanda Rezende, a gerente executiva ambiental, Erica Marcos, o técnico de nível superior Raflem Santos e o assistente técnico Jader Vaz, além do presidente do Conselho Regional do SEST SENAT Norte I e da Fetranorte (Federação das Empresas de Transportes Rodoviários da Região Norte), Francisco Bezerra. Fazem parte do GT as empresas do setor de transporte: Grupo Comporte, Grupo Sada, Localiza, Viação Santa Brígida, Auto Viação Urubupungá, Viação Cidade de Caieiras, Urubupungá Transportes e Turismo, BBM Logística, Mercado Livre, Total Express, Sambaiba, Rodonaves e Imediato Nexway. Por Agência CNT Transporte Atual