Giro do transporte
março 6, 202339ª autorização ferroviária
A autorização para a construção e exploração da estrada de ferro entre São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), pela TAV Brasil, foi a 39ª concedida pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O modelo de operação busca trazer investimentos do setor privado na construção de ferrovias sem a necessidade de leilão e pagamentos de outorga. Das 39 autorizações, 33 tiveram seus contratos de adesão assinados e seis estão em via de assinatura. Com as autorizações, a projeção de recursos ultrapassa R$ 170 bilhões, com previsão de 12 mil quilômetros de novos trilhos, cruzando 19 Unidades da Federação. As autorizações ferroviárias começaram com a medida provisória nº 1.065/2021. Durante sua vigência, foram recebidos 80 requerimentos, dos quais foram assinados 27 contratos de autorização, totalizando 9.923 possíveis novos quilômetros de ferrovias, com um investimento aproximado de R$ 133 bilhões.
Primeira concessão de ferrovias
O novo governo prepara a sua primeira concessão de ferrovias. A intenção do Ministério dos Transportes é apresentar a concessão integrada da Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e de dois trechos da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste). Os estudos de viabilidade econômica serão expostos até o fim de abril pela Infra S.A., estatal ligada à pasta que nasceu da fusão da Valec com a EPL (Empresa de Planejamento e Logística). A Fico, que terá 383 quilômetros de extensão entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), está sendo construída pela mineradora Vale como contrapartida à renovação contratual da Estrada de Ferro Vitória a Minas até 2057. A Fiol corta o estado da Bahia e está desmembrada em três trechos. O primeiro, entre Ilhéus e Caetité, foi concedido à mineradora Bamin. O segundo, entre Caetité e Barreiras, está em construção pela Infra S.A. e tem cerca de 58% das obras executadas até agora.
Transporte interior fecha 2022 positivo
O transporte de cargas em navegação interior no Brasil apresentou balanço positivo em 2022.
Ao longo do ano, o modal transportou 38.438.453 toneladas – um aumento de 5,36% em comparação a 2021. Os números são do Estatístico Aquaviário de 2022 da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Os destaques foram para as regiões hidrográficas Amazônica e Tocantins-Araguaia – responsáveis por 76% do transporte interior no país – com 14,5% e 13,1% de aumento, respectivamente. A hidrovia do Paraguai também anotou acréscimo, de 45,9%. Já as hidrovias Atlântico Sul, Paraná – que completam o montante transportado nas regiões hidrográficas brasileiras – registraram queda de 31,9% e 27,4%, respectivamente.
Valor do frete por quilômetro rodado em alta
Estimulado pela alta no valor do litro do diesel, o preço médio do frete por quilômetro rodado cresceu 38,91% no consolidado de 2022 em relação ao ano anterior, fechando o período com média de R$ 7,14. O dado é do IFR (Índice de Frete Repom). Ao longo de 2022, o preço médio apresentou oscilações e em julho chegou a R$ 8,04. Já no comparativo com 2019, ano pré-pandemia, em que o preço médio do frete fechou a R$ 4,41, o aumento foi de 62%. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom.
2,8 milhões de veículos a menos
A crise de semicondutores vem trazendo prejuízos para as montadoras. Projeção da AutoForecast Solutions aponta que a indústria automotiva global vai deixar de produzir quase 2,8 milhões de veículos até o fim do ano devido à crise. Apenas em uma semana de fevereiro, os dados mostram que a indústria deixou de fabricar 147 mil unidades em todo o mundo em razão da falta de semicondutores – a maioria na América do Norte, que deve deixar de produzir 900 mil unidades. Quanto à previsão para a América do Sul, a estimativa é de uma perda de 134.900 unidades até o último mês de 2023.
O número de carros que não serão produzidos:
– América do Norte: 914.000
– Europa: 828.500
– Resto da Ásia: 709.600
– China: 188.300
– América do Sul: 134.900
– África e Oriente Médio: 19.800
Total: 2.795.200
Uso de máscara em aviões e aeroportos não é mais obrigatório
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu derrubar o uso obrigatório de máscaras em aviões e em aeroportos. A decisão considerou o arrefecimento do número de casos de covid-19 no país e o aumento da vacinação. Permanecem valendo o desembarque por filas para impedir aglomeração, os procedimentos de limpeza e a disponibilização de álcool em gel nos ambientes. O uso de máscaras em aeronaves e aeroportos após a pandemia havia sido liberado pela primeira vez em agosto de 2022, mas a reguladora decidiu voltar com a norma em novembro do mesmo ano, diante da alta do vírus no país e a proximidade com as festas de fim de ano.
Fonte: www.cnt.org.br