Apoiados pela CNT, Federações do Transporte do RS têm reunião com o BNDES

junho 13, 2024 Off Por Site Fetransul

Os presidentes da FETRANSUL, Francisco Cardoso, e da FETERGS, Sergio Pereira, e uma comitiva de empresários do segmento de cargas e de passageiros do RS, com o apoio da Confederação Nacional de Transporte, reuniu-se nesta manhã, 13 de junho, em Porto Alegre, com executivos do BNDES, com o propósito de encaminhar as demandas do setor quanto às linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para a recuperação das empresas atingidas pelas inundações.

Bruno Batista, diretor executivo da CNT, abriu o encontro apresentando uma pesquisa realizada pela Confederação em que se verifica que 49% das empresas perderam ativos, sendo que 54% deles foram veículos. Batista acrescentou que 52% das empresas demandam linhas de crédito para recuperação de suas atividades.

Juliana Alvim, gerente de Relacionamento com clientes do BNDES, anunciou que a liberação dos recursos começará no dia 21 de junho. Explicou as três linhas de crédito voltadas para aquisição de Máquinas/Equipamentos (inclusive caminhões e ônibus), Investimentos em reconstrução e capital de giro. Versou ainda sobre as taxas e carências. Também participou da reunião o chefe de Depto de Clientes do BNDES, Tiago Peroba.

Francisco Cardoso, presidente da Fetransul, reivindicou que todas as cidades do RS sejam incluídas na oferta do crédito, visto que o banco limitou às cidades atingidas pela enchente. Ele justificou que as operações das transportadoras, mesmo que não tenham sede em cidades alagadas, foram severamente impactadas no seu desempenho econômico. Cardoso destacou que o setor de transporte tem peculiaridades que não foram consideradas nas linhas gerais estabelecidas pelo BNDES. Neste sentido demandou uma análise mais detalhada dos problemas ocorridos com o segmento.

Ao final do encontro os presidentes das Federações entregaram ofícios ao Banco, com seus pleitos. Veja abaixo as demandas do setor de cargas:

  1. Aumentar o limite de acesso de linhas de investimento para 20 milhões por CNPJ e/ou Grupo Econômico;
  2. Amplitude dos acessos às linhas de crédito para todas as Transportadoras Gaúchas, independentemente de terem sua sede em municípios atingidos pelas enchentes;
  3. Ampliar o prazo para a captação de recursos, até dezembro de 2025. uma vez que atualmente as fábricas de caminhões estão com a sua produção de 2024 vendida e novos pedidos serão atendidos a partir de janeiro de 2025;
  4. Redução para 50 milhões no faturamento para fins de obtenção de financiamento direto com o BNDES;
  5. Nas operações em andamento e ainda em carência (REFIN2), alterar a linha contratada por outra mais acessível do novo programa;
  6. Ampliar para 2 anos, a carência no REFIN;
  7. Limitar em 2,5%, o spread dos bancos que intermediam operações de recursos provenientes do BNDES, com a utilização de recursos do Fundo Garantidor;
  8. Incluir as Empresas que faturam acima de R$ 300 milhões no acesso às linhas de créditos especiais

Ao final da reunião, Bruno Batista, diretor da CNT, ajustou um novo encontro com os executivos BNDES dentro de 15 dias, de forma virtual.