Covid-19, Normandia e a Logística
junho 10, 2020No dia 6 de junho de 1944, durante a Segunda Guerra mundial, os soldados Aliados desembarcaram nas praias da Normandia, Norte da França. A chamada operação Overlord foi o maior sucesso logístico da história e ficou conhecida mundialmente como o Dia D. Desde então, a logística avança conforme a sociedade se desenvolve e vice-versa.
Mais de 70 anos depois, o setor logístico enfrenta sua terceira guerra: Covid-19. A pandemia age como uma startup mundial, forçando as empresas a encontrar soluções para sobreviverem numa velocidade muito maior que o normal. Para seguirem competitivas, precisam usar das tecnologias disponíveis, como a blockchain, um sistema que substitui todos os documentos em papel, dando autonomia a toda cadeia logística. Ou seja, agora é possível ter acesso à validação de dados, autenticação de documentos, contratos, prova de autenticidade, entre outros serviços, tornando as operações totalmente digitais, mais ágeis e seguras.
A inteligência logística traz soluções que movem necessidades mundiais, sejam simples ou urgentes, como em uma guerra. Assim como nas companhias aéreas existe o codeshare (compartilhamento de passageiros), o setor de transporte e logística está adotando a mesma prática de compartilhamento de carga entre empresas. Usando plataformas como o shareeconomy, é possível organizar tudo de forma online. Independentemente do desafio atual, a melhor maneira de enfrentar o futuro é criando-o.
As empresas mais jovens do mercado impulsionam essas novas tendências, pois possuem inovação e tecnologia em seu DNA. Assim, mantêm os resultados de seus negócios num mundo cada vez mais competitivo e sem barreiras, que atinge em cheio o setor de serviços.
O inimigo agora é invisível. A Covid-19 desafia o mundo e a logística. Ataca NOSSO MAIOR BEM: AS PESSOAS. A consequência é o impacto nas nossas estruturas de negócios. Na semana da Logística, uma saudação aos profissionais do setor que vivem, diariamente, o seu próprio desembarque da Normandia.
Afrânio Kieling, presidente da FETRANSUL