Fetransul é contra o aumento de pedágio para caminhões nas rodovias estaduais

fevereiro 27, 2020 0 Por Site Fetransul

A Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no RS (FETRANSUL) se manifesta contra o aumento de 51,8% na tarifa de pedágio para caminhões nas rodovias estaduais, administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). O reajuste foi aprovado após uma reunião do Conselho Gestor do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas (CGEPPP/RS), na manhã desta quinta-feira (27). Para os carros de passeio, a redução será de 10%, em 12 das 14 praças de pedágio. A previsão é que as novas tarifas passem a valer a partir de abril.

A mudança, que terá que passar pelo aval do Conselho de Administração da EGR, em março, vale para as praças de Boa Vista do Sul, Candelária, Coxilha, Cruzeiro do Sul, Encantado, Flores da Cunha, Gramado, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, Três Coroas, Venâncio Aires e Viamão. A exceção são as de Campo Bom e Portão, onde o preço será mantido.

Novos valores devem valer em abril

O presidente da FETRANSUL, Afrânio Kieling, considera a medida abusiva: “Na realidade, com essa redução para carros de passeio, me parece que o governo quer fazer populismo. Reduzir o dos automóveis e aumentar em 51% é populismo. Quem vai pagar esse aumento é a sociedade gaúcha como um todo porque o reajuste é um custo será repassado para o preço do nosso serviço, até chegar no produto final. Nós, do setor de logística e transporte de carga do RS, carregamos nas costas 80% do PIB produzido no Estado, ou seja, quase tudo que se produz no Estado é distribuído através de caminhões, a logística é feita pelo sistema rodoviário. Então, não pode um governo querer aumentar 51,8% para o nosso setor. Se o Estado do Rio Grande do Sul não vai para a frente, é por questões como esta: aumento da carga tributária para o setor produtivo. Nós, da Fetransul, não concordamos com esse aumento, achamos abusivo e populista. Se os caminhões representam 20% do volume de tráfego, eles pagam 80% do valor total dos pedágios. Nós somos totalmente contra. O governo tem que reduzir custos, não aumentar tarifas. Isso vem contra a sociedade gaúcha como um todo. Quem vai investir num Estado que aumenta tarifas? É um sinal verde para investir em outros Estados. Um erro do governo”.

A FETRANSUL representa 13 sindicatos patronais, 13 mil empresas gaúchas de logística e transporte rodoviário de cargas e uma frota estimada em 270 mil caminhões.

Até então, a EGR adotava um sistema próprio de cálculo, em que um eixo comercial respondia a 0,59 da tarifa básica (CONFIRA AQUI A TABELA COM OS VALORES ATUAIS). A partir de agora, um eixo passará a ser igual a uma tarifa básica, multiplicando sucessivamente, conforme o número de eixos.

Por Vanessa Felippe