Fetransul emite nota sobre a urgência no acesso das Empresas Gaúchas às linhas emergenciais do BNDES
julho 5, 2024Passados já 60 dias do início das enchentes no Rio Grande do Sul, as prometidas linhas de crédito emergenciais do BNDES não chegaram às empresas gaúchas.
Os impactos econômicos e sociais da maior catástrofe climática do Brasil não podem ser delimitados por bairro ou município no RS.
A arrecadação do estado do Rio Grande do Sul caiu 25% e deve reduzir o crescimento do Brasil em até 0,5%. O faturamento das empresas caiu entre 15% e 60%, conforme pesquisa da FETRANSUL com empresas do transporte rodoviário de cargas atingidas.
O propósito das linhas emergenciais do BNDES não é apenas salvar empresas, mas salvar empregos para que a economia do RS tenha condições de se reerguer.
Dessa forma, a FETRANSUL entende que a linha para reconstrução de empresas deve ser destinada às empresas localizadas na zona de alagamentos, com um fundo garantidor para a redução do spread bancário.
Entretanto, as outras linhas de Capital de Giro e Equipamentos devem ser estendidas às empresas de todas as cidades que estão em situação de emergência e calamidade. O faturamento das empresas caiu e deve permanecer baixo por alguns meses, os custos aumentaram, as rotas se tornaram mais longas em distância e tempo, além de estarmos ajudando colaboradores afetados e no transporte solidário de doações.
Diante desta situação de emergência e das dificuldades enfrentadas pelas empresas, a FETRANSUL entende que é necessário tratar com urgência o acesso das empresas gaúchas às linhas emergenciais, já que a capacidade das empresas de manterem empregos chegou ao limite.
Francisco Gonçalves Cardoso
Presidente FETRANSUL
Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo do RS/ Via Fotos Públicas