Governo retoma reuniões com caminhoneiros e transportadores
julho 31, 2019O governo federal retomou ontem (30) as reuniões com caminhoneiros, transportadoras e embarcadores para tentar um acordo em torno da tabela de frete mínimo de transporte de carga rodoviário. A decisão de continuar as tratativas, para evitar uma possível paralisação dos caminhoneiros, foi anunciada, na semana passada, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Essa nova rodada de reuniões deve acontecer até hoje (31) e a expectativa do governo é que um acordo seja fechado até o final desta semana.
De acordo com a assessoria do Ministério da Infraestrutura, as reuniões vão
ocorrer o dia inteiro, a portas fechadas. Na quarta-feira (24), o ministro
disse que a proposta que está na mesa envolve a realização de “acordos
coletivos” entre a categoria e transportadoras e embarcadores para
resolver uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, um ajuste no piso
mínimo de frete de transporte rodoviário de cargas para prever a possibilidade
de lucro para os caminhoneiros autônomos.
Segundo os caminhoneiros, a resolução da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), suspensa no dia 22 de maio, só trazia a previsão do custo
mínimo para o frete, deixando de fora a remuneração do caminhoneiro autônomo
pela carga transportada. A resolução suspensa determinava que o cálculo do piso
mínimo passaria a considerar 11 categorias na metodologia.
De acordo com o ministro, os acordos devem ser fechados com cada um dos
segmentos, inclusive para resolver demandas pontuais de cada um deles. A
proposta de consenso também prevê a revisão dos custos mínimos da tabela a cada
seis meses e que os acordos tenham periodicidade de um ano.
A ideia é fazer uma espécie de acordo coletivo entre cada uma das 11 categorias
com os segmentos de embarcadores e transportadoras. Pela proposta em
negociação, alguns itens seriam revistos na tabela para incluir custos, que de
acordo com os caminhoneiros não foram considerados. Na outra ponta, os
representantes dos segmentos fariam um acordo sobre o percentual de remuneração
a ser aplicado no cálculo do frete.