Painel CNT aborda o passado, presente e futuro da profissão de motorista
junho 15, 2022Qual o futuro da profissão de motorista no setor de logística e transporte rodoviário de cargas? Está foi a grande pergunta que o Painel CNT se propôs a responder. O evento, realizado nesta terça-feira (14), segundo dia da Transposul, foi organizado pelo Sistema Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do RS). João Victor Mendes, diretor-executivo do ITL (Instituto de Transporte e Logística), e Andressa Scapini, consultora jurídica da Scala Logística, foram os painelistas, com mediação de Taís Lorenz, diretora do Sistema Fetransul.
Ambos ressaltaram que a falta de mão de obra para o cargo de motorista não é só um problema do Brasil. João Mendes apresentou dados de uma pesquisa da CNT, que traçou o perfil dos motoristas de caminhão no Brasil. Eles têm, em média, 44 anos de idade, rodam quase nove mil quilômetros por mês, trabalham cerca de onze horas por dia e ficam na profissão por quase 20 anos.
Para ele, o presente e o futuro passam, necessariamente, por novas pesquisas, novos cursos e novos programas para capacitar e promover o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dos motoristas. ” Temos que estar muito bem preparados. As empresas têm que estar abertas e investir nisso. As entidades do setor também. Temos que trazer as transformações e os potenciais tecnológicos que já estão em curso para a realidade dos motoristas, especialmente a tecnologia 5G. São fatores que já estão impactando e vão impactar cada vez mais”, afirmou.
Segundo Andressa Scapini, os jovens enxergam algo muito ultrapassado, muito mecânico na atividade de motorista. Para ela, isto impacta na escolha da profissão. “É um desinteresse por falta de conhecimento da condição atual do transporte. Então, temos que investir nas pessoas. Nosso negócio precisa de bons motoristas. A maior preocupação é a segurança. Nossa política é contratar pelas competências comportamentais. Formar a mão de obra que já está dentro da empresa é o caminho enquanto novos motoristas não surgem de forma espontânea. Valorizar quem já está com a gente”, explicou.
Assessoria de Imprensa do Sistema Fetransul