Para Anfavea, “fase mais crítica” da crise já passou
setembro 9, 2020Na sexta-feira, 4, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou à imprensa dados sobre o mercado de veículos no Brasil no último mês. “A indústria passou pela sua fase mais difícil e agora esta olhando com bons olhos a retomada”, afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Para ele, a fase mais crítica aconteceu bem no início da crise do coronavírus.
Já foi dito por ele que uma retomada no setor pode demorar cerca de 5 anos no Brasil. Neste mês, Moraes quis deixar claro que o foco agora são os desafios da retomada, e não a queda que a pandemia da covid-19 trouxe na economia em geral.
“A fase mais crítica já passou. Estamos olhando para a retomada. Estamos agora não mais virados para a queda e sim para os desafios da retomada: novas tecnologias, um novo modelo de negócio que surgiu com a pandemia e como ele afeta o setor [de veículos], além de um novo comportamento da sociedade”, explica o presidente.
As vendas de caminhões, que seguiam em uma lenta recuperação, em agosto tiveram queda de 14,4% em relação ao mesmo período em 2019. Comparando com julho de 2020, houve queda de 15,3%.
No acumulado, também houve retração: 55,5 mil unidades vendidas em 2020 até a agosto, contra 65,2 mil unidades no mesmo período do ano passado, o que representa -14,9%.
Para Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea, é preciso considerar que as medidas sanitárias de segurança e o distanciamento dos funcionários nas fábricas influenciam diretamente o mercado, fazendo com que o ritmo de produção fique mais lento. “Hoje há espaços de tempo maiores para montar produtos”, afirma.
Saltini também falou sobre a ociosidade de caminhões, que hoje está na faixa de 60%, segundo ele. “Chegamos a quase 80% de ociosidade no período de 2014 a 2016. Estávamos na recuperação ainda quando veio a pandemia”, explica o vice.
As exportações de caminhões tiveram aumento em agosto: 3,5% a mais que julho deste ano. Porém, em relação ao ano passado, as exportações caíram.
Foram 1,2 mil unidades exportadas em agosto deste ano. Já em 2019, foram 1,3 mil unidades, o que representa diminuição de 6,9% nas exportações. No acumulado, a queda é maior: -17,8%.
Fonte: Anfavea