Workshop sobre free flow, com participação da CNT, debate avanços no pedágio eletrônico

novembro 28, 2024 Off Por Site Fetransul

Nova modalidade de cobrança pode trazer mais agilidade às viagens nas rodovias e justiça tarifária para motoristas e empresas

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou, nessa terça-feira (26), do 3º Workshop Free Flow, promovido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em Brasília. O evento debateu essa nova modalidade de cobrança de pedágio no Brasil, que pode substituir as praças físicas, utilizando pórticos e câmeras para identificar a passagem dos veículos e classificá-los para a cobrança das tarifas de tráfego rodoviário.

O evento contou com o painel “Voz do Usuário”, que abordou os impactos, desafios e benefícios da implantação do sistema. Representando a CNT, a assessora governamental Maria Carolina Noronha destacou os avanços obtidos com a regulamentação do free flow. A proposta busca melhorar a fluidez do tráfego, reduzir custos operacionais e ampliar a justiça tarifária, além de proporcionar uma experiência mais segura para os usuários.

A adoção do free flow já apresentou resultados promissores, como baixos índices de inadimplência e maior eficiência no tráfego no projeto-piloto implementado pela concessionária CCR, na BR-101. Maria Carolina ressaltou que, na Resolução do Contran nº 1.013/2024, foram atendidas as demandas dos usuários para trafegar num ambiente de free flow com segurança, transparência e comunicação. 

“A resolução aborda a notificação dos usuários (pessoas físicas e jurídicas) ao passarem pelos pórticos, a garantia de espaço para que cargas especiais também passem pelos pórticos, a possibilidade de contestação de cobrança, a interoperabilidade de sistemas de cobrança, bem como a realização do pagamento em até 30 dias, temas demandados pelas entidades da base da CNT”, explica a assessora governamental.

Apesar dos avanços, Maria Carolina ressaltou a necessidade de ajustes. “A avaliação da vantajosidade da implantação do free flow não se resume à mera substituição de praças de pedágio em trechos metropolitanos, mas também abrange a possibilidade de redução da quilometragem dos segmentos para permitir a justiça tarifária, benefício direto ao usuário da via”, afirma.

Por Agência CNT Transporte Atual